Foto: Arquivo pessoal/Cláudio Freitas morava no bairro Rosário há décadas
Morreu ao meio-dia desta terça-feira, no Hospital de Caridade de Santa Maria, Cláudio Freitas, ex-proprietário do antigo restaurante Moby Dick, que foi um dos mais conhecidos na década de 1970 e 1980 em Santa Maria. O estabelecimento era frequentando por políticos, como Tarso Genro, Cezar Schirmer, João Gilberto Lucas Coelho. Também fez amizade com personalidades da cidade, como James Pizzaro e João Nascimento, além de ter atendido artistas que vinham a Santa Maria fazer peças de teatro, como Lima Duarte e Tônia Carrero. Freitas, que era chamado carinhosamente pelos amigos de Quati e Canhoto, teve sua história mostrada na seção Com a Palavra do Diário, em março deste ano. Clique aqui para conferir a entrevista publicada em março com Claudio Freitas.
Freitas, que estava internado há 15 dias devido a uma queda em casa, faleceu de insuficiência cardíaca e pulmonar, aos 88 anos. Nascido em Santa Maria, ele morava há décadas na Rua Antero Correa de Barros, no Bairro Rosário. Viúvo há 14 anos de Therezinha Fenalti Freitas, ele deixou quatro filhos (Claudia Terezinha, Marta Cristina, Claudio Jr e Luís Fernando), além de genros, noras, netos e bisnetas.
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Segunda a filha Marta, as principais marcas deixadas pelo pai foram as lições de bondade e amor à família e aos amigos.
- Aprendi com meu pai como ser um filho dedicado. Ele tinha uma bondade e um coração enormes. Ele cuidou de tios, da própria mãe, ficava no hospital dia e noite. Era filho único, cuidou de primos, pais e amigos, como se pais dele fossem. Ele encampava aquilo e achava que tinha de cuidar. Contribuía com várias entidades, eles sempre ajudou várias - conta a filha.
Sempre de bom humor, ele brincava até com a insuficiência cardíaca da qual sofria.
- O pai uma vez perguntou: "O doutor falou que meu coração é grande. É porque ele é grande mesmo ou porque eu acolho tantas pessoas?". A bondade que ele tinha era muita. Era um coração enorme, teve uma infância duríssima, foi órfão aos 6 meses de idade, passou a viver com o padastro, que foi melhor amigo dele, e conseguiu ser o que hoje chamam de empreendedor. Apesar de todas as dificuldades, conseguiu ser dono de um dos restaurantes mais conhecidos da cidade, o Moby Dick - diz Marta.
O velório está ocorrendo na capela 1 do Hospital de Caridade, na Rua Floriano Peixoto, e o sepultamento está marcado para as 11h desta quarta-feira, no Cemitério Ecumênico Municipal.